é a manhã de sua morte.
veste seu terno preto
que não é luto.
à vista é o primeiro que vem.
não anda de trem.
não treme seu carro
tão caro
quanto os filhos
e as unhas do pé.
senta na cadeira
que beira o iminente
mentindo como sempre
como sou feliz.
a cama prevê
e a TV acalma.
no escuro, um beijo na mulher
e acorda
sem a corda
o pendurar...
mas esse cara não ia morrer?