domingo, 13 de março de 2011

...

para S. o barulho das crianças ao acordar era suave como os gritos de seu vizinho, alfredo. o velho andava pelas ruas coberto de pássaros pretos, bichos que começaram a cantar nos sonhos de S. após várias sessões.
cantavam nos seus pesadelos.
na adolescência, S. tocava bateria, mas só no caminho do trabalho percebeu que deveria tê-la carregado no dia anterior, pois precisaria dos contatos que nunca tocou.
como de costume, as famílias iam para escola e trabalho e puteiro em cápsulas com tetas celulares e um aparelho de blues.
a nova tecnologia fazia dos sistemas de som e vídeo um eficiente recurso no processo educativo dos desumanos em miniatura do BANCO DE TRÁS.

à noite desligava os animais e ia ao cinema.
o mesmo prazer que sentiu após gozar pela primeira e única vez - num acesso de raiva em que quebrou porta-retratos, quadros e um cabo de vassoura - o mesmo prazer tomava conta de seu corpo novamente, apesar de não umedecer a vagina.

gostava de cinema porque a mulher sempre se confundam com a ficção.
no dia em que o bebê era afagado pela mãe, nós bebiam e no bar flutuava copos, cuspes e pequenos cachos de música loira. todas tocavam a mesma canção de ninar. a mesma canção de ninar que mamãe cantava nos meus ouvidos daquele homem.

a mulher acordou assustada, mas o bebê continuava a dormir sossegadamente em meio à briga de bar.

3 comentários:

  1. Esse c fez propositalmente pra ning. entender não foi?
    Eu aposto! haha

    amo vc, vomitinho!
    =]

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  2. Tenho vontade de te mandar ir se fuder quando te leio.
    Só não consegui distinguir ainda qual o tom do vai se fuder. Entende?

    Vai se fuder 1: Caraaaaaalho, vai se fuder. (balançando a cabeça. perplexa, admirada)
    Vai se fuder 2: Caralho Otas escroto, vai se fuder. (perplexa, admirada, PUTA DE RAIVA)
    Vai se fuder 3: VAI SE FUDER BIXA. (PUTA DE RAIVA)

    fim

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