terça-feira, 26 de maio de 2009

pra não dizer que não falo sobre mim

não preciso entrar em lugares comuns e dizer que as mães exercem gigantesca influência em seus filhos, direta ou indiretamente.
pois bem, a minha acaba de vomitar em mim, seu filho viado, bêbado e maconheiro.
por isso postarei um poema antigo, ruim como os que já escrevi e os que ainda não foram regurgitados, mas acho pertinente tanto pra dar ao blog um quê de autobiográfico quanto pra encher linguiça, pois não publico merda alguma aqui há alguns dias...



da rua os garotos me fumam
com prazer de quem quer ver
além das cinzas de um corpo
há muito esquecido.

o espelho me cospe à cara
nada rara e semelhante
que dorme com seca saliva
morta, que se acha viva.

e o sono e os garotos e a porra
escorrem das narinas cheiradas
que não cheiram mais.

mamãe grita palavras tais
que outra ouviu: um vagabundo!
tão fumado, mas sozinho imundo.

7 comentários:

  1. Muito bom! "que dorme com seca saliva
    morta, que se acha viva". Muito familiar rsrs
    Té mais!

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  2. Desse eu já não gostei. Achei muito adolescente. Mas,vc mesmo disse que ele é antigo,né?
    beijo

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  3. eu gosto do que vc escreve!
    Mesmo adolescente, mesmo vomitado!
    viadinho!

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  4. A professora pergunta ao Joãozinho:
    - Quantos ovos uma galinha põe por dia?
    - Não sei, professora.
    E com ironia ela diz:
    - Apanhei-te.
    Ele também faz uma pergunta:
    - Professora, quantas tetas tem uma porca?
    - Não sei.
    - Viu,você me pega pelos ovos, eu te pego pelas tetas!!!

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